Defensas
Defensas Tipo Cell-CSS, instaladas no Porto de Leixões, terminal de navios de cruzeiro, Matosinhos, Portugal. Cortesia da empresa Fenderteam AG, Hamburgo, Alemanha, Representada em Portugal por Sotrepe Comercial, Lda., Lisboa.
Defensas em borracha para cais de acostagem e para navios começaram a ser utilizadas no início dos anos 30. Eram, basicamente, defensas do tipo Cilíndrico e destinavam-se a absorver os maiores impactos.
Até então, os problemas levantados pela acostagem do tipo de navios existentes na época eram facilmente ultrapassados. Os navios eram de dimensão mais reduzida construção muito robusta, bem como os cais de acostagem, molhes e docas. Nestas circunstâncias, podiam ocorrer impactos relativamente fortes, sem que ocorressem danos quer nos navios, quer nos cais de acostagem.
No entanto, eram muitas vezes utilizados no amortecimento dos impactos pilares em Madeira e Cordas entrelaçadas (1ª Geração) (Figura 1). Mais tarde foram utilizados Pneus usados (2ª Geração). O primeiro projecto de defensas em borracha deu origem às acima referidas defensas Cilíndricas (3ª Geração).
Figura 1 – Evolução na concepção de defensas
A construção de outros tipos de estruturas de acostagem menos robustas, à base de estacas e duques d’alba, conduziu à necessidade de interpor, entre os navios e as estruturas de acostagem, sistemas mais eficazes na absorção da energia cinética.
As defensas V ou em Arco e posteriormente as defensas Cónicas e Célula correspondem a uma evolução tecnológica (4ª Geração), em que foi conseguido melhorar a capacidade de absorção de energia.
O desenvolvimento verificado no projecto de defensas conduziu às defensas de elementos ou modulares (também designadas por defensas “I”, em “p” ou, em inglês Element ou Leg Fenders), altamente eficazes na absorção de energia e que apresentam os melhores rácios de energia absorvida por unidade de força de reacção e energia absorvida por unidade de peso de borracha, neste último rácio apenas excedidas pelas defensas do tipo pneumático, como seria de esperar.
As defensas de elementos ou modulares são, actualmente, os tipos de defensas consideradas de 5ª Geração.