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Na página anterior fizemos referência a vários factores que afectam o esponjamento e que passamos a analisar.
1. Viscosidade da composição de borracha:
Uma composição de borracha com elevada viscosidade terá uma maior dificuldade em expandir-se e oporá uma maior resistência à formação de células. A viscosidade das composições de borracha deve ser devidamente ajustada.
2. Maior ou menor basicidade da composição de borracha:
Para alguns dos agentes esponjantes disponíveis no mercado (veja-se a Tabela 1), a presença de ingredientes de natureza básica contribui para uma maior eficácia na sua decomposição. Contrariamente, alguns agentes esponjantes apresentam a sua eficácia melhorada na presença de materiais de natureza acídica. São, pois, aspectos a considerar na elaboração da composição d borracha celular.
3. Presença de promotores de decomposição
Para além de muitos ingredientes necessariamente presentes na composição, podem ser adicionados promotores de decomposição, para melhorar a eficácia do agente esponjante.
4. Temperatura de vulcanização
Uma temperatura de vulcanização muito diferente da temperatura de decomposição do agente esponjante poderá conduzir a situações idênticas às de janela de vulcanização muito rápida ou muito lenta. Uma elevada temperatura de vulcanização, com um agente esponjante que se decomponha a uma temperatura relativamente baixa, conduzirá certamente a uma perda de grande parte dos gases evolvidos. Inversamente, uma temperatura de vulcanização relativamente baixa, com um agente esponjante que se decomponha a temperaturas bem mais elevadas, resultará numa quase nula decomposição daquele e na não criação de qualquer estrutura celular.
5. Tipo de sistema de vulcanização e nível de aceleração.
O sistema e o nível de aceleração seleccionados serão decisivos na definição da própria temperatura de vulcanização e, obviamente, na definição do tempo óptimo de vulcanização. Em conjunto com o tipo de agente esponjante seleccionado, e com os demais factores atrás mencionados (composição da borracha, viscosidade, presença de promotores de decomposição, etc.), terá de resultar um sistema tecnicamente bem equilibrado que permita obter a estrutura celular pretendida. Esta é sem dúvida, um grande desafio para o técnico de formulação, constituindo uma indiscutível ajuda a experiência adquirida.