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Em muitas aplicações, o produto de borracha está em fricção com as superfícies em contacto, o que lhe provoca desgaste. É o que acontece com os pneus dos automóveis, as solas e tacões do nosso calçado, as correias transportadoras, que transportam materiais de natureza mais ou menos abrasiva, os pavimentos de borracha que vemos em centros comerciais e aeroportos, entre muitos outros exemplos que poderiam ser referidos. O maior ou menor grau de resistência da borracha à desagregação provocada pelas mais variados tipos de materiais com que está em contacto, é a chamada resistência à abrasão (abrasion resistance).
Os mecanismos do processo de abrasão são bastante complexos, envolvendo, entre outros, fenómenos de corte e fadiga. Os mecanismos de abrasão podem ser classificados nas seguintes categorias principais:
Na prática, os mecanismos do processo de desgaste são muito complexos e são criticamente dependentes das condições em que ocorre o processo. Vejamos, com alguns exemplos, o que acabamos de dizer.
Existem diversos tipos de aparelhos para medir a resistência à abrasão, mas a correlação entre os valores obtidos nestes ensaios e o comportamento que se observa em serviço nem sempre é a melhor. Isto porque os mecanismos de desgaste dominantes nas condições reais de serviço e nas condições de ensaio laboratorial podem divergir amplamente.
Por isso, devem ser tomados especiais cuidados na transposição do significado desses valores para as situações reais. Os resultados dos ensaios de abrasão devem ser considerados apenas “indicativos” e nunca medidas absolutas de comportamento em situações reais.
Os equipamentos e normas de ensaios de abrasão mais conhecidos são (Veja-se o Anexo A):
A resistência ao desgaste expressa-se da seguinte forma:
A expressão do resultado por um índice é mais significativa, uma vez que o estado do material abrasivo se vai alterando com a utilização, uma vez que esta enfraquece a sua abrasividade. A utilização de um material de referência elimina, de certa forma, esse efeito.