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Ingredientes |
PHR |
Densidade |
Volume |
Borracha Natural RSS1 |
100 |
0,92 |
108,70 |
Auxiliar de processo |
2 |
0,90 |
2,22 |
Óxido de zinco selo verde |
5 |
5,65 |
0,88 |
Ácido esteárico |
2 |
0,92 |
2,17 |
Vulkazon AFS/LG |
1 |
1,06 |
1,00 |
Enxofre |
2,75 |
2,07 |
1,33 |
Acelerador MBTS |
1 |
1,34 |
0,75 |
Acelerador TMTD |
0,1 |
1,40 |
0,07 |
Total |
113,85 | – |
117,12 |
Vulcanização: 10 min. @ 150ºC |
||
Propriedade |
Especificado |
Determinado |
Densidade |
0,973 (teórico) |
0,974 |
Dureza Shore A: |
40±3 |
39 |
Tensão de rotura, MPa, mínimo |
20 |
24 |
Alongamento na rotura, %, mín. |
600 |
750 |
Trata-se de um composto do tipo goma pura (em inglês pure gum). Um composto deste tipo contém, praticamente, apenas o elastómero (neste caso a borracha natural) e os ingredientes necessários para vulcanizar e que são:
Neste composto podemos verificar que existe ainda:
As propriedades indicadas são normais para este tipo de compostos: tensão e alongamento na rotura relativamente elevados. Este tipo de compostos caracteriza-se também por uma alta resiliência, excelente resistência ao rasgo e à abrasão. Assim sendo, é um composto adequado para a produção de artefactos com elevados requisitos de elasticidade e resistência à abrasão.
Este tipo de borracha natural (RSS1 – Ribbed Smoked Sheets, grade 1) é muito adequado para este tipo de composto. Borracha de elevada pureza e com bastante nervo, proporcionando vulcanizados com excelentes propriedades elásticas e tribológicas.
Um auxiliar de processo adequado para este composto contém, geralmente, álcoois gordos e ésteres de ácidos gordos. São adequados para NR, além de outros tipos de elastómeros. Têm uma densidade que ronda 0,90. Os níveis de dosagem recomendados para borracha natural oscilam entre 2 e 5 PHR. Como o composto possui apenas 2 PHR – a dosagem mínima recomendada, tal facto visará não enfraquecer as propriedades elásticas do vulcanizado.
Óxido de zinco e ácido esteárico
Estas duas matérias-primas constituem o clássico sistema de activação para vulcanizações com enxofre. A quantidade de óxido de zinco recomendada varia entre 3 e 5 PHR; no presente caso a dosagem utilizada é a máxima.
O ácido esteárico reage com o óxido de zinco e com o acelerador, de que resulta a formação de um complexo activo (ver esta página). A dosagem de ácido esteárico varia entre 1 e 2 PHR, sendo neste composto utilizada a dosagem máxima de 2 PHR, já que também é utilizada a dosagem máxima recomendada de óxido de zinco.
Os níveis máximos de dosagem desta combinação ZnO/AE visam proporcionar um maior nível de activação, para obtenção de um maior nível de reticulação e, em consequência, melhores propriedades elásticas.
Constituído unicamente por um antiozonante, que pertence à família dos acetais cíclicos não saturados. É não manchante. A dosagem recomendada varia entre 0,5 e 2 PHR. Como os agentes antiozonantes são matérias-primas de custo relativamente elevado, a dosagem a utilizar deve ser bem ajustada ao efeito protector que se pretende obter, entrando em linha de conta com o custo do produto final e também com os requisitos da sua especificação, com a criticidade do serviço a desempenhar, durabilidade pretendida e, numa palavra, a satisfação do cliente. No caso presente é utilizada uma dose moderada (1 PHR).
Agente de vulcanização: Enxofre
A relação entre a dosagem de enxofre e de aceleradores é de 2,5, o que classifica o sistema de vulcanização utilizado como um sistema convencional (ver esta página). Este tipo de sistema é gerador de um elevado grau de reticulação, em que predominam ligações polissulfídicas e uma elevada concentração de sulfuretos cíclicos e de modificações não sulfídicas. Os níveis de dosagem recomendados para borracha natural situam-se entre 1,75 e 2,75; neste composto é utilizado o nível máximo.
Acelerante MBTS + Acelerante TMTD
O acelerador MBTS é um acelerador do tipo tiazol; proporciona uma vulcanização rápida, com uma segurança à pré-vulcanização moderadamente alta. Quando associado ao acelerador TMTD, um acelerador do tipo tiurame, são recomendadas dosagens de 0,7 a 1,0 PHR. A dosagem recomendada do acelerador secundário TMTD é de 0,1 a 0,6 PHR. Neste composto é utilizada a dose máxima de acelerador primário e a dose mínima de acelerador secundário, o que confere uma maior segurança de processamento. O sistema de vulcanização apresenta um aspecto negativo: o acelerador TMTD é gerador de nitrosaminas. Este acelerador secundário tem vindo a ser substituído por um outro tiurame, que não dá origem a nitrosaminas: TBzTD. Portanto, uma substituição a ponderar.
A dosagem de aceleradores – e sobretudo a do acelerador ou aceleradores secundários deve ser sempre ajustada às exigências do ciclo produtivo. Um ciclo produtivo é muito exigente para o composto de borracha quando é constituído por um grande número de operações de transformação e, sobretudo, quando estas são operações que dão origem a velocidades de corte (shear rate) muito elevadas, como acontece nos processos de extrusão e de injecção (ver nesta página). O sistema de vulcanização deve proporcionar um tempo de segurança adequado ao desenvolvimento de todo o processo produtivo e, por outro lado, uma vulcanização tão rápida quanto possível.
Ingredientes |
PHR | PHR | PHR |
Densidade |
Composto |
A |
B | C |
|
Borracha Natural SMR CV50 |
100 |
100 | 100 |
0,92 |
Auxiliar de processo |
5 |
5 | 5 |
0,90 |
Óxido de zinco |
5 |
5 | 5 |
5,65 |
Ácido esteárico |
2 | 2 | 2 |
0,92 |
Antioxidante tipo Fenilamina |
1 |
1 | 1 |
1,09 |
Negro de Carbono N-550 |
25 | 50 | 75 |
1,80 |
Enxofre |
2,5 |
2,5 | 2,5 |
2,07 |
Acelerador MBTS |
1 |
1 | 1 |
1,34 |
Acelerador TMTD |
0,1 | 0,1 | 0,1 |
1,40 |
Peso total (P) |
141,6 |
166,6 |
191,6 |
|
Volume total (V) |
134,1 |
148,0 |
161,9 |
|
Ingredientes em % de V |
19,0 |
26,6 |
32,9 |
|
Elastómero em % de V |
81,0 | 73,4 |
67,1 |
|
Propriedades |
||||
Densidade teórica = P/V |
1,056 |
1,125 |
1,183 |
|
Vulcanização: 20 min.@ 150ºC | ||||
Dureza Shore A |
51 |
62 |
72 |
|
Módulo a 300%, MPa |
7 |
9 |
11 |
|
Tensão de rotura, MPa |
22 |
24 |
25 |
|
Alongamento na rotura, % |
700 | 600 |
550 |
Trata-se de compostos clássicos, em borracha natural e de cor preta, com classes de dureza bem definidas e com boas propriedades elásticas, para utilização geral em artefactos de Engenharia. Possuem sistemas de vulcanização do tipo convencional, à base de enxofre.
Borracha natural SMR CV50
Este tipo de borracha natural (SMR CV50 – Standard Malaysian Rubber, Constant Viscosity 50 − ver nesta página) é um tipo de borracha natural tecnicamente especificado, muito adequado para este tipo de composto. Borracha de elevada pureza e com viscosidade controlada de 50±5 unidades Mooney ML(1+4)@100ºC, que proporciona vulcanizados com excelentes propriedades.
Um auxiliar de processo adequado para este composto contém, geralmente, álcoois gordos e ésteres de ácidos gordos. São adequados para NR e outros tipos de elastómeros. Têm uma densidade que ronda 0,90. Os níveis de dosagem recomendados para borracha natural oscilam entre 2 e 5 PHR. Como o composto possui 5 PHR – a dosagem máxima recomendada; tal facto visará facilitar a incorporação e dispersão da carga de negro de carbono, sobretudo nos compostos com maior nível de carga.
Óxido de zinco e ácido esteárico
Estas duas matérias-primas constituem o clássico sistema de activação para vulcanizações com enxofre. A quantidade de óxido de zinco recomendada varia entre 3 e 5 PHR; no presente caso a dosagem utilizada é a máxima.
O ácido esteárico reage com o óxido de zinco e com o acelerador, de que resulta a formação de um complexo activo (ver esta página). A dosagem de ácido esteárico varia entre 1 e 2 PHR, sendo neste composto utilizada a dosagem máxima de 2 PHR, já que também é utilizada a dosagem máxima recomendada de óxido de zinco.
Negro de carbono N550 – FEF
O negro de carbono do tipo N550 – FEF (Fast Extrusion Furnace), proporciona um bom processamento dos compostos de borracha, sobretudo em processos de calandragem e de extrusão. É um tipo de negro de carbono medianamente reforçante (ver esta página).
Comprovação da dureza
De acordo com o Quadro 7 mostrada na página Selecção e Dosagem de Ingredientes, são necessárias 24 partes de negro de carbono do tipo N550 para aumentar de 10 pontos a dureza de um composto de borracha natural, o qual possui uma dureza base de 41 unidades Shore A. Como os compostos possuem, respectivamente 25, 50 e 75 partes de negro de carbono N550 por 100 partes de elastómero, é expectável obter as seguintes durezas:
Propriedade |
Composto |
||
A |
B |
C |
|
Dureza base (Shore A) |
41 |
41 |
41 |
Partes de Negro de Carbono N550 |
25 |
50 |
75 |
Aumento de dureza |
25×10/24=10,4 |
50×10/24=20,8 |
75×10/24=31,3 |
Dureza esperada (Shore A) |
41+10,4 = 51,4 |
41+20,8=61,8 |
41+31,3=72,3 |
Dureza medida (Shore A) |
51 |
62 |
72 |
Pode ser observada uma excelente consistência entre os valores esperados de dureza e os valores efectivamente medidos.
Antioxidante do tipo fenilamina
O antioxidante considerado é um derivado da difenilamina; é uma substância líquida, com a cor entre o laranja e o acastanhado. As dosagens recomendadas variam entre 1 e 4 PHR, sendo a dosagem máxima recomendada para vulcanizados com uma boa resistência ao envelhecimento pela acção do calor. A dosagem utilizada de 1 PHR proporciona uma protecção muito moderada.
Agente de vulcanização: Enxofre
A relação entre a dosagem de enxofre e de aceleradores é de 2,27, o que classifica o sistema de vulcanização utilizado como um sistema convencional (ver esta página). Este tipo de sistema é gerador de um elevado grau de reticulação, em que predominam ligações polissulfídicas e uma elevada concentração de sulfuretos cíclicos e de modificações não sulfídicas. Os níveis de dosagem recomendados para borracha natural situam-se entre 1,75 e 2,75; neste composto são utilizadas 2,5 partes, valor que se situa próximo do nível máximo.
Acelerante MBTS + Acelerante TMTD
O acelerador MBTS é um acelerador do tipo tiazol; proporciona uma vulcanização rápida, com uma segurança à pré-vulcanização moderadamente alta. Quando associado ao acelerador TMTD, um acelerador do tipo tiurame, são recomendadas dosagens de 0,7 a 1,0 PHR. A dosagem recomendada do acelerador secundário TMTD é de 0,1 a 0,6 PHR. Neste composto é utilizada a dose máxima de acelerador primário e a dose mínima de acelerador secundário, o que confere uma maior segurança de processamento, o que é desejável em compostos com carga de negro de carbono. O sistema de vulcanização apresenta um aspecto negativo: o acelerador TMTD é gerador de nitrosaminas. Este acelerador secundário tem vindo a ser substituído por um outro tiurame, que não dá origem a nitrosaminas: TBzTD. Portanto, uma substituição a ponderar.
Como também já foi referido noutros compostos, a dosagem de aceleradores – e sobretudo a do acelerador ou aceleradores secundários deve ser sempre ajustada às exigências do processo. O sistema de vulcanização deve proporcionar um tempo de segurança adequado ao desenvolvimento de todo o processo produtivo e, por outro lado, uma vulcanização tão rápida quanto possível.