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Em Maio de 1968 tinha terminado o meu serviço militar. Trabalhava, então, na Junta de Energia Nuclear, no Departamento de Metalurgia, em Sacavém, onde residia. Mas pretendia regressar à minha cidade natal. Como antigo bolseiro da agora extinta Associação Industrial Portuense e a minha solicitação, meu falecido e querido Pai pediu ao seu Presidente, o Exmo. Senhor Engº Mário Borges a indicação de alguma empresa que necessitasse de um engenheiro químico. Foi proposto pelo Senhor Engº Mário Borges um possível emprego na empresa Fapobol – Fábrica Portuense de Borracha, Lda. Na sequência desta possibilidade, fui a uma entrevista, na delegação da empresa Fapobol em Lisboa, na Rua D. João V, onde fui recebido pelo Exmo. Senhor José António Pinto de Sousa, filho de um dos sócios da empresa, o Exmo. Senhor José Pinto de Sousa. Fui admitido e iniciei a minha actividade no dia 2 de Setembro de 1968.
Nesse mesmo dia tive a oportunidade de conhecer o Exmo. Senhor José Pinto de Sousa. E iniciei a minha actividade como responsável pelo Laboratório. O responsável técnico da empresa era então, um cidadão inglês, de seu nome Leonard Wood.
E, nos últimos dias de Novembro desse longínquo ano de 1968 viajei para Manchester, para efectuar o primeiro dos muitos estágios que tive a oportunidade de realizar. Foi na empresa ICI – Imperial Chemical Industries, fornecedora da empresa Fapobol de muitos dos seus aditivos para borracha. Um estágio que teve a duração de três semanas.
Numa outra página do meu website apresentarei uma lista dos estágios, visitas a fábricas de produtos químicos e de equipamentos para borracha e presenças em conferências internacionais sobre borracha (Rubberex’s e K’s – Kunststoff- und Kautschukindustrie). Oportunidades que me foram proporcionados pelo Senhor José Pinto de Sousa. Obviamente que todas estas actividades possibilitaram-me excelentes meios de aprendizagem. Julgo também que correspondi com o meu grande interesse e também com uma grande dedicação.
Seria injusto de minha parte não dar conta, publica e ainda que postumamente, deste meu reconhecimento e gratidão ao grande Industrial e grande Empreendedor, Senhor José Pinto de Sousa. Pessoa que sempre admirei. Devo recordar que o nosso relacionamento sempre se pautou por uma enorme correcção. E recordo também que, nos poucos momentos em que não estivemos de acordo, essa correcção sempre existiu. E posso afirmar, com propriedade: de parte a parte.
Presto, deste modo, a minha sentida homenagem e toda a minha gratidão a este Grande Industrial Senhor José Pinto de Sousa, que contribuiu, decisivamente, para a minha formação e para os meus conhecimentos sobre a Indústria da Borracha.
Mário J. L. Caetano
Porto, 26 de Dezembro de 2018