Preformação
Preformadora Barwell ECO40-PLUS. Cortesia de Barwell Global, LTD, Cambridge,Inglaterra
A Preformação é uma operação que visa, fundamentalmente, obter preformas de compostos de borracha não vulcanizada destinados à produção de artefactos vulcanizados, regra quase geral, por moldagem, preformas que têm, muito aproximadamente:
- A forma do artefacto a moldar;
- Uma distribuição do volume de borracha quanto possível aproximada das necessidades para encher o molde de forma equilibrada (não existir borracha a mais nuns locais e em falta noutros);
- Um volume de material que garanta o enchimento da cavidade do molde, com um ligeiro excedente, que será transformado em rebarba;
Em princípio, qualquer tipo de operação que contribua para aproximar a forma final do artefacto pode considerar-se uma operação de preformação. As formas primárias em que o composto de borracha se encontra podem, em si, já constituir uma forma de preformação, ainda que parcialmente concretizada.
Normalmente os compostos de borracha destinados a operações de moldagem podem apresentar-se nas seguintes formas primárias:
- Placas de composto de borracha tiradas em misturador aberto com uma espessura determinada (operação em muitas empresas designada por tirar à medida).
- Para um maior rigor dimensional, o composto de borracha pode ser calandrado, obtendo-se uma manta com determinada espessura e largura (em muitos casos, não importante).
- O composto de borracha pode ser extrudido e obter-se numa forma em que a sua secção se aproxima do artefacto a obter.
- O composto pode ser transformado em pequenos grânulos, em granuladores especiais para borracha (Figura 1).
Figura 1 – Granulador para borracha Sagitta Mod. 450 SL2
Cortesia de Sagitta, Vigevano,Itália
As operações que conduziram a formas primárias são normalmente complementadas por outras operações, como sejam as que a seguir se descrevem:
- Simples corte com tesoura, com os sem o uso de escantilhões;
- Simples corte com faca, com ou sem o uso de escantilhões;
- Corte de tiras com uma faca, uma guilhotina ou uma máquina de cortar tiras (Figura 2);
- Corte, em balancés, com cortantes com a forma adequada (tipo de operação ainda muito utilizada nos fabricantes nacionais).
Figura 2 – Máquina de Cortar tiras (Strip Cutting Machine)
Por Cortesia de P.W. Merkle, Ltd. (Surrey, Inglaterra)
Nestas operações existem quase sempre, como recursos auxiliares, uma fita métrica (para medida de comprimentos e/ou larguras), um medidor de espessuras e uma balança com a carga máxima e precisão adequadas. Assim, é vulgar assistir-se a um ajuste de peso, cortando excessos ou colocando pequenos contrapesos para acertar o peso ao valor pretendido.
A escolha do método a seguir depende, obviamente do tipo de artefacto a produzir, da cadência de produção e da quantidade a produzir. Por exemplo, pode não se justificar sequer a execução de um simples cortante para balancé se a série de produção for muito limitada.
Porém, grandes séries de produção e com cadências já razoavelmente elevadas, não serão certamente compatíveis com os métodos atrás descritos, sobretudo no que diz respeito a produtividade.
Assim sendo, o único recurso são as preformadoras, por exemplo do tipo Barwell, as quais permitem obter níveis de produtividade que nunca serão atingíveis com qualquer dos métodos atrás referidos. E, para além da grande economia em produtividade (podem proporcionar até 400 preformas por minuto), há a referir também a não menos importante economia em material, já que o grau de precisão das preformas obtidas é de ± 1%.
A Barwell possui dois tipos de preformadoras:
- A preformadora clássica (Figura 3), com pistão (ver aqui).
Figura 3 – Preformadora de pistão
Cortesia de Barwell Global, LTD, Cambridge,Inglaterra
- A preformadora mais moderna (Figura 4), com sistema de parafuso de alimentação a frio e equipada com bomba de engrenagens (gear pump), combinando assim um eficaz sistema de plastificação do composto numa extrusora alimentada a frio, com um rigoroso controlo volumétrico do fluxo de material e com um eficaz sistema de corte, com provas dadas em todos os modelos já produzidos. A bomba de engrenagens assegura, por si só, uma plastificação uniforme do composto de borracha e uma alimentação à extrusora com um fluxo volumétrico muito rigoroso (ver aqui).
Figura 4 – Preformadora de fuso e bomba de engrenagens
Cortesia de Barwell Global, LTD, Cambridge,Inglaterra
A Barwell dispõe, em qualquer das versões, máquinas com capacidades compreendidas entre 1 e 80 litros (Quadro 1), que operam a uma pressão de 210 bar e possuem uma cortadora que pode executar as já referidas 400 preformas por minuto.com a precisão também atrás referida. As preformas podem variar entre 50 gramas de peso máximo (para a máquina de 1 litro de capacidade), até 2000 gramas, para a máquina de 80 litros de capacidade.
Em qualquer das versões, a segurança de processamento é muito elevada. No caso da preformadora com pistão, o composto de borracha não está sujeito a grandes solicitações de corte, pelo que a segurança de processamento é elevada; no caso da versão com extrusora de parafuso, a alimentação é a frio e a bomba de engrenagens assegura uma plastificação eficaz a baixa temperatura, com um débito muito uniforme.
Como equipamento complementar ao clássico tanque de mergulho em suspensão de estearato de zinco, a Barwell oferece o Vibracool, um equipamento destinado ao arrefecimento, separação e secagem das preformas obtidas (Figura 5) (ver aqui).
Figura 5 – Sistema de arrefecimento Vibracool
Cortesia de Barwell Global, LTD, Cambridge,Inglaterra
Nos endereços indicados, existem vários vídeos de demonstração, que poderão ser visionados pelos visitantes.
