Esta visita ocorreu em 1969. Fábrica fundada pelo Sr. José Pinto de Sousa. O suporte técnico da empresa era da Continental AG. Fábrica moderna e muito bem equipada. Durante o ano de 1970, quando o misturador Werner & Pfleiderer da Fapobol foi sujeito a uma grande reparação, foi no misturador interno da fábrica de pneus que foram produzidas várias toneladas de compostos de borracha para o regular abastecimento da fábrica do Porto. Tive então a responsabilidade de acompanhar estes fabricos na fábrica de pneus, para onde me deslocava vários dias por semana.
Fábrica de Pneus Fapobol, SARL, Lugar da Palmeira, St. Tirso (Aguarela)
No dia 15 de Março de 1970, acompanhado pelo técnico Sr. João Araújo, efectuamos uma visita à empresa Codina Villalonga, SA, em Cornella de Llobregat, Barcelona, Espanha. O Senhor Josep Codina Villalonga, seu proprietário, foi o pioneiro do fabrico de calçado de borracha em Espanha, tendo criado a sua empresa no ano de 1919.
Em 1970 a empresa produzia vários tipos de artefactos em borracha. Mas a nossa visita visava, em especial, observar o fabrico de tapetes em borracha para veículos automóveis, pelo processo de moldação por vácuo. E da visita resultou que o método foi posto em prática na Fapobol, quase de imediato. Após o nosso regresso e depois de construído um molde experimental, foram efectuadas as primeiras experiências e em finais de 1970 a Fapobol já produzia os primeiros tapetes por este método de moldagem.
Para o efeito foi desenvolvida uma formulação, com o número de código F.348. Esta formulação nasceu numa tarde de sábado (exactamente no dia 17 de Outubro de 1970, como consta no registo que possuo), no meu velho misturador de laboratório…
O meu velho companheiro, misturador de laboratório…
(Actualmente instalado na empresa Aloft Lda, Canidelo, Vila do Conde)
Pretendia-se um composto com um excelente processamento de calandragem e, naturalmente, com as características técnicas exigidas. A combinação de borrachas sintéticas Polysar SS-250 (45% HSR+55% SBR), com SBR 1018 (SBR pré-reticulado) e SBR 1502 resultou de forma muito satisfatória. O composto era de cor cinza escuro, portanto possuía, basicamente, cargas claras. E este composto foi utilizado durante mais de duas décadas; até ao momento em que os veículos automóveis de passageiros passaram a ser interiormente alcatifados. Contudo, o processo continuou a ser utilizado, embora em menor escala, na produção de tapetes para veículos comerciais e pesados.O processo de moldagem por vácuo está descrito no meu Website, nesta página.
Visita efectuada nos dias 2 a 4 de Junho de 1971. Acompanhei o Directo-Geral, Sr. J.A. Pinto de Sousa. Esta empresa fabricava pneus e câmaras-de-ar e outros artefactos em borracha. A ideia era uma permuta na comercialização deste tipo de produtos. Recebidos por um dos proprietários da empresa, o Sr. Rolf Maurer, o qual, após conversações, nos apresentou os Senhores Freddy Schneider (Director de Marketing) e Daniel Greilinger (Técnico Químico). Proporcionaram-nos, se seguida, uma visita às instalações fabris e laboratório da empresa.
A empresa Maloya AG, Gelterkinden, Suíça (1971)
Em 1970 esta empresa havia oferecido um almoço a um grupo de trabalhadores da Fapobol, no âmbito das actividades do CAT – Centro de Alegria no Trabalho. Eram sócios desta empresa os Senhores António Pinto de Sousa (irmão do Sr. José Pinto de Sousa) e Olímpio Bengala, também sócios do Sr. José Pinto de Sousa, na empresa Fapobol e o Sr. Repenicado. Daí o bom relacionamento entre as duas empresas. Numa das minhas deslocações a Lisboa, em 1971, aproveitei a oportunidade de visitar esta empresa.
Empresa Industrial Repenicado & Bengala Lda, em Lisboa
(Fonte: lisboadeantigamente.blogstop)
A visita efectuada em Fevereiro de 1972, foi patrocinada pela empresa Iddon Bros Ltd, uma das principais empresas interessadas no fornecimento de uma linha de vulcanização deste tipo à Fapobol. A empresa Russels possuía uma unidade de vulcanização em contínuo pelo método LCM. A visita foi conduzida pelos Srs. Evans e Kendrick, os quais mostraram esta linha de vulcanização em pleno funcionamento. A linha, constituída por uma extrusora com 90 mm de fuso e um tanque de vulcanização com 12 metros de comprimento, sequenciado por unidades de lavagem e de secagem, os quais haviam sido fornecidos pela Iddon Bros.
Esta visita foi efectuada em 1973 e foi possível pela amizade existente entre o Sr. José Pinto de Sousa e o Sr. José Gonzalez, cidadão espanhol proprietário da empresa José G. Gonzalez Lda, localizada em Valença, e a amizade deste último com o Sr. Ameigeiras, proprietário da empresa Caucho Atlântica, localizada em Vigo. No ano imediato a empresa foi transferida para novas instalações na zona industrial de Porriño (Tui), tendo então sido adquiridos novos equipamentos e nos corpos sociais da empresa passaram também a fazer parte os senhores José Gonzalez e José Pinto de Sousa.
Nesta empresa trabalharam também os filhos dos Sr. José Gonzalez: Jayme Gonzalez Troncoso e Carlos Gonzalez Troncoso e o filho do Sr. Ameigeiras, o Engº Industrial, Diplomado em Caucho, Francisco Ameigeiras Méndez).
Esta visita deveu-se à amizade dos Srs. José Pinto de Sousa e José Gonzalez com o Sr. Camilo Gândara Peña, proprietário da recauchutagem Cam-Fran. E ocorreu numa das visitas à Caucho Atlântica, em 1973. Como veremos adiante, o Sr. Camilo Gândara Peña haveria de criar uma outra empresa, no domínio dos artefactos de borracha.
As relações desta nova empresa com a Fapobol eram muito intensas. Daí as várias deslocações que efectuei a esta empresa nos anos imediatos, para apoio técnico. Um dos objectivos da nova Caucho Atlântica era o fornecimento de componentes para o sector automóvel (Citroen e Ford), aproveitando o relacionamento já existente da empresa original Caucho Atlântica. Assim, no dia 25 de Setembro de 1974, numa das deslocações mais prolongadas à Caucho Atlântica, intervim na preparação da visita e na recepção e acompanhamento de técnicos americanos da Ford, Senhores S. Porter e J. Stewart), da SQA (Supplier Quality Assurance) da empresa Ford Motor Company. Dessa visita, possuo o registo fotográfico do almoço oferecido àqueles técnicos no restaurante El Canário, em Vigo. Nele estiveram também presentes os Senhores Jayme Gonzalez, Engº Francisco Ameigeiras Méndez, Francisco Castillo Gómez e eu próprio.
Almoço no restaurante El Canário (Vigo), com os técnicos da Ford. Da esquerda para a direita: Jayme Gonzalez, Francisco Ameigeiras, S. Porter, Mário Caetano, J. Stewart e Francisco Castillo
Por razões de mercado, sobretudo pelas necessidades da indústria mineira espanhola, o Sr. Camilo Gândara Peña criou esta nova empresa, para a produção de mangueiras (nomeadamente mangueiras de grande diâmetro), crivos e outros tipos de artefactos. Visitei pela primeira vez esta empresa em finais de 1973.
Em 11 de Outubro de 1973 desloquei-me a esta empresa com os Senhores Manuel José Pinto de Sousa e Engº Júlio Barreto. A BTR havia contactado a Fapobol para um eventual fornecimento de correias transportadoras. Fomos recebidos pelo Senhores A.W. Hubb e B.P.P. Curtoys. Com este técnico foram analisados os resultados dos ensaios a que haviam procedido sobre alguns tipos de telas utilizados pela Fapobol nos seus fabricos e das quais havíamos enviado amostras para apreciação. Relativamente a aspectos comerciais, o Sr. Whitehouse, da área comercial, referiu que os preços orçamentados enviados pela Fapobol estavam acima de preços da concorrência. E solicitou uma revisão.
Visitamos de seguida todas as secções das instalações fabris da empresa, acompanhados pelo Sr. B.P.P. Curtoys e pelo Sr. N. Eckton. Instalações que muito nos impressionaram, sobretudo por alguns automatismos utilizados. Visitamos de seguida os seus Laboratórios, igualmente muito bem equipados.
Acompanhados pelo Sr. N. Eckton, visitamos de seguida o departamento técnico, onde pudemos apreciar o tipo de trabalhos ali executados. Foi fornecida uma colecção de catálogos da BTR relativos a correias transportadoras e relativos a mangueiras, de uma outra fábrica do grupo, também localizada em Farington, mas que não foi visitada.
Esta segunda visita a esta empresa ocorreu em 12 de Julho de 1974. A visita foi planeada pela organização RAPRA (nesta data, a Fapobol já pertencia a esta organização, como membro de pleno direito). Acompanhados pelo Sr. Evans, tivemos a oportunidade de visitar toda a empresa. Na primeira visita efectuada em 1972 havia apenas visitado a linha de vulcanização LCM. Desta vez visitamos sucessivamente as suas secções de Mistura, Gomagem, Moldação por Transferência, Prensas Convencionais, Perfis (agora com duas linhas: uma LCM e a outra UHF) e ainda o Laboratório.
Em 1976 e num período em que a empresa se encontrava parada, tive a oportunidade de visitar o sector da empresa relativo a Borracha, acompanhado pelo seu técnico, Engº Saraiva Caldeira. Chamou-me a especial atenção o tipo de misturador para compostos de borracha: um misturador do tipo kneader – creio que o único misturador deste tipo existente em Portugal. Neste tipo de misturador não existe pistão calcador. O equipamento da empresa, embora relativamente antigo, encontrava-se ainda operacional.
O Sr. José Pinto de Sousa havia criado, em 1942, em Lourenço Marques, Moçambique uma empresa com a designação Facobol – Fábrica Colonial de Borracha, SARL. Com a independência de Moçambique, ocorrida no ano de 1975, a empresa foi nacionalizada e passou a designar-se por Facobol – Fábrica Continental de Borracha, SARL. A gestão da empresa tem a participação da Família Pinto de Sousa. Visitei esta empresa pela primeira vez em 1980 (24 de Abril a 9 de Maio), ao abrigo de um contrato de assistência técnica com a empresa Fapobol SA. Desloquei-me com outros técnicos da empresa.
Vista parcial da Facobol, em Maputo, Moçambique
No âmbito do Contrato de Assistência Técnica, desloquei-me à empresa Facobol entre 21 de Outubro e 4 de Novembro de 1981. No âmbito desse Contrato estava também incluída a assistência à empresa UFA – União Fabril de Moçambique. Acompanhou-nos nesta visita o Sr. João Araújo e o Engº Estima Reis, técnico que havia sido admitido para prestar serviço na UFA e havia estagiado na fábrica do Porto.
Ainda no âmbito do Contrato de Assistência Técnica, desloquei-me novamente às empresas Facobol e UFA entre 21 de Abril e 3 de Maio de 1982. Durante a minha estadia tive a oportunidade de visitar a empresa de pneus Mabor de Moçambique – Manufactura, SARL, tendo sido acompanhado pelo Engº Jorge Morgado.
Visitei esta empresa em Março de 1982, acompanhado pelo Sr. José Pinto de Sousa. A empresa é uma versão mais moderna da antiga empresa Gomy, propriedade do Sr. Camilo Gândara Peña. Além da alteração do pacto social, a empresa que se manteve na mesma localização, alargou a sua gama de produção, nomeadamente com correias transportadoras (com reforço têxtil e metálico), mangueiras e revestimentos de rolos, defensas de vários tipos e artefactos em poliuretano.
Empresa Bandas, SA, em Tui, Espanha (1982)
A Administração da Fapobol, SA possuía relações muito boas com a empresa alemã, uma vez que, quando da criação da empresa Fábrica de Pneus Fapobol, SARL, em 21 de Setembro de 1967, foi a Continental AG que forneceu todo o suporte técnico. E o logotipo da empresa dizia Fapobol Continental.
Este suporte técnico cessou em 29 de Abril de 1980, quando a empresa passa para a gestão do BPA – Banco Português do Atlântico e passou a designar-se CNB – Companhia Nacional de Borrachas, S.A.
Em Fevereiro de 1982, acompanhado pelo Director-Geral, Sr. J. A. Pinto de Sousa, desloquei-me a esta empresa, em Hanover. Fomos recebidos pelos Senhores Gunther Heidelmann e Volkmar K. Peters. Na correspondência preparatória desta visita, havia sido solicitada a cedência de suporte técnico para a produção de algumas dimensões de pneus para scooters (3.00-10, 3,50-8 e 4.oo-8), para a produção de câmaras-de-ar em butil para veículos automóveis e para a produção de correias transportadoras com telas em Kevlar e telas metálicas. Este programa de cooperação poderia incluir a aquisição, por parte da Fapobol, de alguns equipamentos, novos e/ou usados. A Continental ficou então de enviar proposta para esta colaboração.
Depois desta visita à empresa Continental visitamos esta empresa produtora de compostos de borracha, voltada essencialmente para a produção de compostos para aplicações técnicas. Empresa com umas excelentes instalações fabris e laboratórios. Fomos recebidos pelo Sr. Karl Weindl, que nos acompanhou em toda a visita.
Empresa Gummiwerke Kraiburg, Waldkraiburg, Alemanha
O Director-Geral desta empresa, Sr. Mohamed Chahid, visitou a Fapobol SA, no Porto, no dia 21 de Abril de 1981. Pretendia avaliar a possibilidade da Fapobol fornecer assistência técnica para a fabricação de pneus e câmaras-de-ar para bicicletas e de alguns tipos de artigos técnicos. Além da assistência técnica, a Fapobol deveria fornecer molde e sacos e bladders para vulcanização.
Na sequência destes contactos, em Junho de 1981, visitei a Somapac a convite do Sr. Mohamed Chahid. Além de visitar a empresa Somapac, o Sr. Chahid proporcionou-me uma visita à empresa Goodyear, localizada na mesma zona industrial. O sr. Chahid convidou-me para trabalhar na sua empresa, oferta que declinei, já em Portugal, depois de alguma ponderação.
Esta visita foi efectuada entre 27 de Fevereiro e 1 de Março de 1983. Recebido na fábrica de Hanover pelo Sr. V. K. Peters. No dia 28 de Fevereiro fui visitar a fábrica de correias transportadoras, em Northeim. Nesta visita fui acompanhado pelo Dr. Richard Sohnemann. No termo da visita, tive ainda a oportunidade de visitar a fábrica de mangueiras e tubos de radiador para veículos automóveis (Volvo, VW, Opel, Mercedes e Daimler, entre outros clientes).
Fábrica de Correias Transportadoras da Continental AG, em Northeim
A empresa CPIO pertencia ao grupo Renault. A Renaul Portuguesa patrocinou esta visita, que foi efectuada em Abril de 1983. Fui acompanhado pelo Director-Geral J.A. Pinto de Sousa. Fomos recebidos pelos Senhores Robert Millot e André Glémin os quais, após uma apresentação da empresa – fornecedora de diversos produtos em borracha para as empresas do grupo Renault – nos proporcionaram uma detalhada visita a toda a empresa.
Da visita à secção de Mistura, saliento a sequência de operação, com o misturador interno seguido por dois misturadores abertos equipados com stockblender e um arrefecedor, o que possibilitava a produção de compostos prontos a vulcanizar numa só fase. Esta mesma sequência veio a ser adoptada pela Fapobol, após a aquisição de mais um misturador aberto de 2100 mm de largura de rolos e de stockblenders. Com este novo procedimento, a Fapobol viu aumentada a sua capacidade de produção de compostos de borracha em mais de 60%. Chamaram-nos também a atenção os seus equipamentos para produção de granulados, tipo de alimentação utilizada em todos os seus equipamentos de moldagem por injecção.
Esta visita enquadrou-se também no desenvolvimento do Projecto Renault, com a instalação da sua fábrica em Cacia (Setembro de 1981).
Empresa CPIO, em Carquefou, Nantes
Esta visita foi efectuada em 19 de Novembro de 1983. Fui recebido pelo Sr. Horst Vogt, da fábrica de pneus de Korbach. Fábrica que fomos visitar, de imediato. Nesta fábrica foram-me apresentados os Senhores Heirich Schnell e Rolf Mahling. Foi-me dado visitar toda a fábrica, com bastante detalhe, desde o sector de mistura, extrusão, calandragem, confecção/construção, vulcanização, operações de acabamento e inspecção. Visitamos ainda os sectores relativos à produção de câmaras-de-ar. Nesta visita foram apresentados alguns planos de trabalho futuro, o qual incluía o estágio na fábrica de Korbach de pessoal técnico da Fapobol e também a visita à Fapobol de técnicos da Continental AG.
Fábrica de pneus e câmaras-de-ar da Continental AG, em Korbach
No dia 4 de Junho de 1984 fui novamente recebido pelo Sr.Horst Vogt, que me apresentou de imediato ao Sr. Rolf Mahling, técnico que eu já tinha conhecido na visita anterior (Novembro de 1983). Foram analisadas as formulações de vários compostos que nos haviam sido remetidas e esclarecidas as dúvidas existentes relativas a alguns tipos de matérias-primas não devidamente especificadas. Foram fornecidas novas formulações de misturas-mãe e de pré-misturas. Foram colocadas questões relativamente aos equipamentos fornecidos, nomeadamente sobre algumas dificuldades surgidas com a sua utilização.
No dia 5 fui apresentado ao Sr. Huther, responsável pela produção de pneus e câmaras-de-ar para bicicletas e aos senhores Hey (responsável directo pelo fabrico de pneus de bicicleta) e Frey (responsável directo pela produção de câmaras-de-ar para bicicleta. Visitei detalhadamente os dois sectores de produção.
No dia 6 de Junho voltei ao contacto com o Sr. Mahling. Aproveitei para lhe colocar algumas questões sobre a produção dos pneus para karts. E também sobre dúvidas entretanto surgidas, relativas à produção de pneus.
Esta visita ocorreu no dia 15 de Dezembro de 1984. Fui recebido pelos Senhores Manuel Henriques, Avelar George e Eduardo Pernes.
No I Painel da Indústria da Borracha criei uma grande amizade com o industrial Duval Teixeira Lopes. Que eu já conhecia, pois tinha-me sido apresentado pelo Senhor Carlos Varela Gomes, da empresa Indomer (fornecedora de matérias-primas para borracha), com instalações na Rua da Picaria, no Porto, onde acidentalmente passei. E num jantar deste I Painel, aconteceu ficarmos na mesma mesa. E, falando em coisas de borracha, eu afirmei que o custo por quilograma de um pneu – considerando a matéria-prima, a mão-de-obra e toda a sua tecnologia – era mais barato do que um quilograma de queijo da serra… (um produto relativamente caro!). E palavras ditas, o Sr. Duval Lopes fez-me uma série de perguntas: se eu sabia quantos litros de leite eram necessários para produzir um quilograma de queijo, quantas ovelhas é que produzem essa quantidade de leite, o custo com o pastor, com a mão-de-obra no fabrico do queijo, a sua tecnologia, etc. Claro que, de queijos, eu nada sabia! A não ser apreciar o seu saboroso paladar…com um bom vinho tinto! E fui completamente derrotado com a minha ousada e atrevida afirmação! Mas eu e os restantes elementos da mesa recebemos uma excelente lição sobre o fabrico do queijo da serra… e os seus custos de produção. O que eu ignorava também é que a Esposa do meu Amigo Duval Lopes é de Gouveia…uma cidade onde o meu Amigo possuía outras actividades. Em boa verdade, também em Gouveia, nas fraldas da Serra da Estrela, são produzidos excelentes queijos da serra. Pois bem, na sequência deste episódio travamos uma forte Amizade, que ainda perdura. E tive então a oportunidade de visitar a sua empresa de artefactos de borracha em 1985, creio que no mês de Maio. Uma pequena unidade, bem organizada e bem dirigida, que soube então ter sido criada com muito trabalho e com muita dedicação. Há uns anos, escrevi a história da vida profissional e empresarial deste meu Amigo. Documento que aguarda a sua permissão para publicação neste Website.
A minha nova situação profissional a partir de 1987 permitiu-me visitar a empresa fabricante de pneus Mabor. Esta empresa fornecia regularmente a Mabor-DAP com misturas-mãe de um grande número de compostos de borracha. A Mabor DAP não possuía misturador interno; e nos misturadores abertos que possuía produziam os compostos de cor branca ou coloridos e finalizava as misturas-mãe abastecidos pela fábrica de pneus. Por outro lado, a Mabor-DAPabastecia a Mabor (Pneus)de flaps. Destes factos resultava uma colaboração muito estreita entre as duas empresas.
Esta visita realizou-se em 17 de Fevereiro de 1989. De regresso à empresa Fapobol SA, fui acompanhado pelo Colega Machado Lima, seu Director Comercial. E a visita destinou-se a explorar a possibilidade de uma cooperação comercial e industrial, no campo das correias transportadoras. Fomos recebidos pelo Sr. António Borreguero, com quem efectuamos conversações e depois nos acompanhou numa demorada visita às instalações fabris, que muito nos impressionaram, pela grande capacidade de produção.
Esta visita foi efectuada em Julho de 1990 e fui acompanhado pelo Director-Geral José António Pinto de Sousa. Fomos recebidos pelos Senhores Paolo Marangoni e Mario Coretti. Foi-nos proporcionada uma visita às instalações fabris, onde eram produzidos os materiais para recauchutagem. Foi-nos também mostrada uma unidade para reciclagem de resíduos de borracha, com recuperação de energia, de negro de carbono e dos componentes metálicos.
Empresa Marangoni Spa, em Rovereto, Itália
Na sequência da visita à empresa Marangoni, fomos visitar a empresa POSA, Spa. Esta empresa é produtora de artefactos em borracha, nomeadamente para utilizações cirúrgicas. Fomos recebidos pelos Senhores Dr. Federico Lo Cicero e pelo Engº Luigi Lo Cicero, que nos acompanharam na visita às instalações fabris e ao Laboratório.
Empresa POSA, Spa, em Cologno Monzese, Milão, Itália
No ano de 2002, quando efectuei um Estudo de Mercado para Compostos de Borracha (ver as páginas relativas a Actividades de Consultoria), tive a oportunidade de visitar 21 empresas fabricantes de artefactos de borracha, localizadas em Portugal e na Galiza. No desempenho de outras actividades visitei também outras 18 empresas nacionais. Estas visitas permitiram-me, não somente ampliar os meus conhecimentos, como também ficar com uma razoável ideia da Indústria Portuguesa de Borracha. O panorama actual é um tanto diferente, tomando em consideração o número de empresas entretanto encerradas.
Em Fevereiro de 2003 visitei esta empresa, acompanhado pelo meu Colega Engº Joaquim M. C. Matos. Estávamos há alguns meses em contacto com o Sr. Alberto Acín, director comercial desta empresa, tendo em vista estabelecer um contrato para representação da Única em Portugal, para comercialização de compostos de borracha. Este contrato nunca veio a ser estabelecido. Fomos recebidos pelo Sr. Fernando Sevilla, seu Administrador e na visita que efectuamos à empresa fomos acompanhados pelos Senhores Alberto Acín e Javier Montes, Adjunto da Direcção. Ficamos impressionados com a excelente organização da empresa e com a sua área de produção, muitíssimo bem equipada e com vários sistemas anti erro instalados nos pontos críticos do processo, de forma a garantir uma excelente qualidade dos compostos produzidos.
Instalações da Única SA, Corella, Navarra