(Selecção do Subsistema Protecção
- Selecção do Subsistema Protecção
- Agentes de Protecção
- Como se Manifesta a Degradação das Borrachas
- Como Funcionam os Antioxidantes e os Antiozonantes
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Agentes de Protecção
O tipo ou tipos de agentes de protecção a utilizar e respectivas dosagens (antioxidantes, antiozonantes e ceras de protecção) devem estar em perfeita sintonia com o tipo de composto de borracha e com os seus requisitos técnicos.
Enunciamos algumas das limitações que se colocam logo à partida, na fase de selecção dos agentes de protecção:
- Se o composto de borracha é de cor branca ou é colorido, o agente de protecção não pode ser manchante, isto é, não pode provocar alterações de cor após vulcanização.
- Se a solubilidade do agente de protecção é limitada no composto de borracha em causa, há que atender a esse facto no valor da dosagem, para que após vulcanização do artefacto não surjam migrações superficiais (blooming).
- No caso de compostos de borracha vulcanizados com peróxidos, a selecção dos agentes de protecção, nomeadamente antioxidantes, tem de ser muito cuidada, para que não sejam introduzidas perturbações no processo de vulcanização. Antiozonantes não devem ser utilizados em circunstância alguma em vulcanizações com peróxidos.
- Verificar se não existe incompatibilidade entre o agente de protecção o tipo de borracha e qualquer outro dos ingredientes utilizados no composto.
- Verificar da existência de sinergismos entre o agente de protecção e outro ou outros ingredientes do composto.
- O agente de protecção deve constar da lista dos ingredientes permitidos para contacto com produtos alimentares, se for o caso
- O agente de protecção não deve interferir com os ingredientes do sistema de vulcanização.
- O agente de protecção deve apresentar uma boa estabilidade química nas condições de serviço.
Vejamos agora algumas das principais características dos principais antioxidantes e antiozonantes (Quadro 1).
Estes agentes de protecção (antioxidantes e antiozonantes) podem ser classificados em primários e secundários. Os agentes de protecção primários são também designados removedores de radicais livres e a sua actividade antioxidante deve-se a uma cedência de electrões ou de átomos de hidrogénio. Enquadram-se neste tipo difenilaminas alquiladas, p-fenilenodiamina, trimetil dihidroquinolina e compostos fenólicos substituídos, que contêm um ou mais grupos funcionais (por exemplo, hidroxitolueno butilado – BHT).
Os agentes de protecção secundários são também designados por decompositores de peróxidos e a sua actividade deve-se à remoção de catalisadores oxidantes o que evita a iniciação do processo de oxidação. Neste tipo de agentes de protecção temos a considerar compostos de fósforo trivalente (organo fosfitos) e compostos de enxofre divalente (sulfuretos e tiodipropionatos).
Da utilização simultânea de agentes de protecção primários e secundários podem resultar efeitos sinergéticos, que podem conferir determinados efeitos de protecção em maior grau.
