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As extrusoras de alimentação a quente necessitam receber de uma forma, mais ou menos uniforme, uma fita ou tira de composto de borracha aquecido previamente num misturador aberto. Se a alimentação for contínua, a fita deve ter uma espessura e uma largura tais que o volume de material entrado na extrusora deve ser igual ao volume de extrudido no mesmo período e tempo. Isto é válido para um regime estacionário de operação, isto é, para um determinado N.º de RPM e um mesmo regime de temperatura em todos os órgãos da extrusora.
Se a extrusora for alimentada de uma forma descontínua e de forma manual, deve assegurar-se que a chamada de material para o interior do corpo cilíndrico seja uniforme. No caso das borrachas apresentarem alguma dificuldade na alimentação, é vulgar ajudar-se a sua entrada na extrusora com um maço de madeira dura (para não danificar o fuso, se acaso entrar em contacto com ele). Obviamente este tipo de alimentação exige uma grande atenção por parte do ajudante do operador da extrusora, de modo que o processo decorra sem perturbações e sem contaminações. De qualquer maneira, este tipo de alimentação não pode proporcionar um extrudido de elevada precisão dimensional.
Nas extrusoras de alimentação a frio, esta pode processar-se por uma das seguintes formas:
Fitas ou tiras
As fitas ou tiras de alimentação são obtidas previamente na secção de mistura. Após o processo de mistura (em misturador interno), o composto segue para o arrefecedor (batch-off), onde existe um sistema de corte, o qual transforma a manta num conjunto de tiras, as quais ficam ligadas, espaçadamente, uma às outras, o que é devido a uma configuração especial das facas rotativas. A manta passa, depois da fase de corte, por uma suspensão ou solução de material antiaderente.
As fitas ou tiras de alimentação podem também ser obtidas em misturador aberto; são, para o efeito, aplicadas duas lâminas de corte no rolo dianteiro, os quais cortam a fita na largura desejada. A distância entre os rolos (nip) definirá a espessura da fita. A fita segue então para um tanque, onde mergulha numa suspensão de um material antiaderente (suspensão de estearato de zinco, por exemplo), passa depois por um sistema de secagem (soprador de ar quente) e é então condicionada em grades, as quais permitem alguma ventilação, para que a secagem se complete. Existem equipamentos que fazem o arrefecimento, secagem e aplicação de antiaderente; são designados, em língua inglesa, por cooling strip-off, que trabalham em geral associados a um misturador aberto, onde é obtida a tira.
Existem também equipamentos para corte de tira contínua a partir de manta de borracha; vimos estes equipamentos na página Sistemas Arrefecedores (batch-off’s) do tema Mistura.
Granulado
O composto de borracha pode ser granulado em equipamentos especiais de granulação e designados vulgarmente por granuladores (Figura 27). A fim de evitar a sua aglomeração, ao material granulado é aplicado um agente de superfície, em geral estearato de zinco.
Este tipo de alimentação implicar que a extrusora disponha de uma tremonha de alimentação e de um sistema adequado para um regular abastecimento de granulado – por exemplo, um sistema vibratório, um sistema de parafuso ou combinação de ambos. Um sistema destes, quando devidamente aperfeiçoado, proporciona extrudidos de elevada precisão dimensional. Trata-se, naturalmente, de um sistema de alimentação mais caro.