Navegação
As aminas polifuncionais constituem um importante grupo de agentes de vulcanização para borrachas em que a cadeia principal está totalmente saturada, mas possuem pontos de reticulação (cure sites) em grupos funcionais localizados em cadeias laterais.
Nestes tipos de borrachas incluem-se ACM, AEM, ECO e FKM (vários tipos). A vulcanização com aminas foi introduzida no final da década de 50 e a sua importância apenas foi abalada no final da década de 60, quando surgiu a vulcanização com bisfenóis.
As aminas utilizadas na reticulação de borrachas de poliacrilato são os produtos da reacção de cloreto de etilo, formaldeído e amónia (designado correntemente por Trimene), alquilo diaminas e trietileno tetramina (TETA). As borrachas de poliacrilato possuem na sua molécula átomos de cloro muito reactivos, que reagem com os grupos amina, de acordo com o mecanismo apresentado na Figura 9:
No mecanismo da reacção de aminas com borrachas fluoradas ocorre a adição da amina à cadeia polimérica, pela perda de algum flúor, sob a forma de ácido fluorídrico, o qual reage com o óxido de magnésio presente no composto, dando origem a fluoreto de magnésio e água.
No Quadro 9 mostram-se as estruturas de alguns tipos de diaminas bloqueadas mais utilizadas.
Quadro 9 – Diaminas bloqueadas | |
---|---|
Carbamato de 4,4 metileno-bis ciclohexilamina (C14H26N2O2). | |
Carbamato de etileno diamina (C3H8N2O2). | |
Carbamato de hexametileno diamina (C14H26N2O2). | |
Carbamato de dodecano diamina (C13H28N2O2). | |
N-N’-di-cinamilideno-1,6 hexano diamina (C24H28N2). |
Embora as aminas sejam cada vez menos utilizadas na vulcanização das borrachas fluoradas, elas proporcionam uma melhor ligação aos metais que os outros sistemas de vulcanização alternativos (bisfenóis e peróxidos). O carácter hidrofílico das aminas, por outro lado, confere uma maior vulnerabilidade dos vulcanizados aos meios aquosos.