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A permeabilidade da borracha aos gases é uma propriedade muito importante em aplicações, tais como câmaras-de-ar e diafragmas. Todas as borrachas são permeáveis aos gases e vapores, em maior ou menor grau. A borracha de silicone (Q) é a que apresenta maior permeabilidade, seguindo-se, por ordem decrescente, NR, EPDM, SBR, CR, NBR, FPM, ECO e IIR (Tabela 20).
Notas:
S = solubilidade do gás, em cm3 por cm3, a 1 atm, nas condições TPN.
Q = Coeficiente de permeabilidade cm2 s-1 atm-1 .10-8.
Q = D x S, em que D = difusividade.
Diferentes composições do mesmo tipo de borracha podem apresentar diferenças muito grandes no seu grau de permeabilidade, o que é devido à presença de determinados ingredientes. Certos tipos de cargas, como talcos e caulinos, pelo tipo de partículas que os constituem, são um bom obstáculo à passagem de moléculas de gases, diminuindo o grau de permeabilidade da borracha. Inversamente, grandes quantidades de plastificantes aumentam o grau de permeabilidade.
Pelas razões apontadas, não é fácil prever o grau de permeabilidade de uma borracha só porque se sabe o tipo de polímero ou polímeros bases que são utilizados. O mecanismo da permeabilidade processa-se em duas etapas: na primeira, o gás dissolve-se na borracha, depois difunde para a face oposta, donde se liberta, por um processo de evaporação. A temperatura tem um papel preponderante na permeabilidade dos gases uma vez que, aumentando a energia cinética das moléculas gasosas, aumenta consideravelmente a sua difusão e solubilidade na borracha. A pressão tem também influência na permeabilidade, como é de esperar.
Normas aplicáveis: são os seguintes os métodos normalizados para determinação da permeabilidade aos gases (Veja-se Anexo A):