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Quando a borracha é aquecida, ela expande-se em termos de comprimento, de área e de volume, e a sua temperatura sobe. A extensão dessa expansão depende do tipo de borracha – do polímero base e da sua composição. A expansão é proporcional ao aumento de temperatura (Δt) e ao coeficiente de dilatação térmica. Para um material isotrópico, os coeficientes de dilação térmica superficial e volúmico são, respectivamente, 2x e 3x o coeficiente de dilatação térmica linear.
O coeficiente de dilatação térmica linear é altamente dependente da composição da borracha e, sobretudo, do tipo e da quantidade de cargas presentes. A maiores volumes de cargas correspondem coeficientes de dilatação térmica mais baixos. Como uma regra muito geral, pode dizer-se que o coeficiente de dilatação térmica linear da borracha é mais de dez vezes maior do que o do aço – portanto da ordem de 120×10-6 cm/cm/ºC. Para composições do tipo pura goma podem ser da ordem dos 200×10-6 cm/cm/ºC e para as composições de ebonite podem ser da ordem de 50×10-6 cm/cm/ºC. Com amplitudes tão grandes, torna-se necessário conhecer exactamente o coeficiente de dilatação térmica de uma composição de borracha em particular, para a produção de peças de grande precisão dimensional.
Seja L1 uma das dimensões de um artefacto de borracha; se o artefacto for aquecido da temperatura T1 ( por exemplo, a temperatura ambiente) até uma temperatura T2, a sua nova dimensão será L2:
Ou seja, a sua dilatação é:
Em que α é o coeficiente de dilatação linear.
Seja A1 a área de um artefacto de borracha; se o artefacto for aquecido da temperatura T1 ( por exemplo, a temperatura ambiente) até uma temperatura T2, a nova dimensão da área será A2:
Ou seja, a sua dilatação é:
Em que β é o coeficiente de dilatação superficial. Como foi dito, para um material isotrópico, β = 2.α
Seja V1 a área de um artefacto de borracha; se o artefacto for aquecido da temperatura T1 (por exemplo, a temperatura ambiente) até uma temperatura T2, a nova dimensão do volume será V2:
Ou seja, a sua dilatação volúmica é:
Em que γ é o coeficiente de dilatação volúmico. Como foi dito, para um material isotrópico, γ = 3.α
Num caso mais geral, de um material não isotrópico, será necessário determinar, experimentalmente, os coeficientes de dilatação linear em duas ou três direcções.
Na Tabela 13 apresentam-se coeficientes de dilatação térmica de alguns tipos de borracha e para os tipos de metais utilizados mais correntemente no fabrico de moldes.
Tabela 13 – Condutividades e Coeficientes de dilatação térmica |
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Polímero base ou material | Condutividade térmica kJ m-1 h-1 C-1 |
Coeficiente de dilatação térmica, x10-6 cm cm-1 C-1 |
AU / EU | 0,68 – 1,05 | 175 |
Borrachas Fluoradas | 0,68 – 1,08 | – |
Borracha celular | 0,16 | – |
BR | 0,90 | 225 |
CR | 0,65 – 0,84 | 125 – 205 |
CSM | 0,95 | 175 |
Ebonite | 0,61 | 50 – 77 |
Ebonite celular | 0,11 | – |
ECO | – | 225 |
EPDM | 0,68 – 0,90 | 225 |
IIR/CIIR7BIIR | 0,32 – 0,65 | 130 – 195 |
NBR | 0,86 – 0,92 | 150 – 200 |
NR, IR | 0,50 – 0,78 | 180 – 220 |
NR (pura goma) | 0,50 | 200 |
Q | 0,50 – 1,59 | 255 – 790 |
SBR | 0,61 – 0,90 | 180 – 220 |
Aço | 170 – 210 | 10 – 18 |
Alumínio | 576 – 917 | 23,1 – 24 |
Ferro fundido | 168 – 286 | 9,90 – 12 |
Normas aplicáveis: ASTM D864 (Veja-se Anexo A).