Problemas Típicos do Processo de Mistura
e Causas Possíveis

Problemas de Dispersão

• Tamanho da carga desajustado (maior ou menor que o correcto);
• Adição de cargas e/ou plastificantes em tempos não correctos;
• Aglomeração de ingredientes, devida à presença de humidade em excesso
• Tempo de mistura insuficiente;
• Pressão do pistão insuficiente;
• Utilização de borrachas fora do prazo de validade.

Problemas de pré-vulcanização

• Deficiente arrefecimento do misturador interno;
• Temperatura de descarga muito elevada;
• Velocidade dos rotores muito elevada;
• Má dispersão dos componentes do sistema de vulcanização;
• Erros de pesagem (alguns exemplos: peso a mais de negro de carbono e/ou de sílica ou peso a menos de plastificante; troca de aceleradores; peso a mais de aceleradores).

Problemas de contaminação

• Contaminação dos ingredientes da mistura;
• Contaminação com restos de outros compostos, que fiquem agarrados nos mais variados locais do misturador interno (na câmara de mistura, nos rotores, na porta de descarga, etc.), por dois tipos de razões:

• A contaminação decorre do facto de uma elevada pegajosidade de alguns tipos de compostos, com tendência para aderir aos diversos órgãos do misturador interno com que entram em contacto;
• Esta contaminação pode ser originada pelo mau estado de conservação do misturador interno, o qual começa a apresentar folgas nos seus órgãos móveis, decorrentes de uma longa utilização e deficiente manutenção;

• Contaminação com óleo do sistema de vedação dos rotores, eventualmente por falha nos vedantes;
• Contaminações com pedaços de aço: ocorre quando a camada dura que reveste os rotores se começa a desagregar.

Grande Variação na Qualidade das Cargas Produzidas

• Variações nas temperaturas de carga e de descarga (provocam variações nas curvas de vulcanização), originadas por deficientes condições de arrefecimento do misturador interno;
• Variações da pressão do pistão calcador – provocam variações no grau de dispersão;
• Variações na pesagem dos ingredientes mais críticos (borrachas, cargas, plastificantes, ingredientes do sistema de vulcanização, activadores de carga, etc.);
• Troca de ingredientes;
• Deficiências de funcionamento dos sistemas automáticos de dosagem e de transporte dos ingredientes;
• Perda de ingredientes originada, por exemplo, por um sistema de exaustão muito potente.

No final da apresentação deste tema quero deixar um agradecimento ao meu Amigo e Colega, Eng.º Joaquim Manuel Cepeda Matos, pela sua valiosa ajuda na sua elaboração.