Moldagem
Não é um tipo de moldagem muito frequente na Indústria da Borracha. Contudo, existem alguns fabricantes que utilizam este processo para a obtenção de artefactos ocos e com baixas exigências dimensionais.
Existe um molde que reproduz a exacta configuração exterior do artefacto (Figura 62-A). No molde é colocado um tubo de borracha (obtido por extrusão ou com folha calandrada) Figura 62-B. Ajustar as extremidades do tubo como se mostra na Figura 62-C. Nos lados do molde são então montada as placas laterais (Figura 62-D e E); uma delas (na figura, a do lado direito) existe um tubo para passagem de ar sob pressão (1,5 a 2,0 kg/cm2), que irá comprimir a parte interior do tubo de borracha contra a parede do molde.
Mantendo continuamente esta pressão de ar, o conjunto é colocado numa estufa aquecida a uma determinada temperatura (120 a 150ºC), durante o tempo adequado para vulcanizar a borracha. Após a vulcanização, o molde é removido da estufa, desmontado e removido o artefacto vulcanizado e efectuada de imediato a sua rebarbagem. O artefacto obtido possui um bom aspecto exterior; mas, face à desigual expansão da parede do tubo, a espessura da parede do artefacto é muito variável.
Utilizei esta técnica no revestimento interior de tubos metálicos flexíveis que se destinavam à protecção de cabos eléctricos. Técnica muito análoga à que acabamos de descrever e que se encontra esquematicamente mostra na Figura 63. De notar que o revestimento interior dos tubos metálicos reduzia um pouco a sua flexibilidade sem, todavia, afectar a sua funcionalidade. Foi utilizada uma pressão de 1,2-1,5 kg/cm2 e uma temperatura de vulcanização de 150ºC (composto de borracha EPDM).
Figura 62 – Produção de artefacto oco por moldagem por sopro
Figura 63 – Revestimento interior de tubos metálicos flexíveis por moldagem por sopro