Alimentação de Calandras

A alimentação de uma calandra pode processar-se de formas diversas. Tem a ver com o tipo de calandra disponível, nomeadamente a sua dimensão e capacidade, o tipo de operação que vai ser executada e com os graus de automatismo que existam em todo o sistema.

A borracha que é alimentada a uma calandra é geralmente previamente aquecida em misturadores abertos. Dependendo da quantidade de composto de borracha a abastecer à calandra, podem ser utilizados um misturador, dois ou mesmo três. Pequenas calandras, que necessitem de pequenas quantidades de borracha, podem ser abastecidas por borracha aquecida num misturador de pequena dimensão (por exemplo, ∅ 450×1200 mm) e alimentadas manualmente. Quando existe a necessidade de alimentar maiores quantidades de composto de borracha (e isso depende, como se referiu, do tipo de operação que vai ser executada), o aquecimento terá de ser efectuado em, pelo menos, dois misturadores de maior capacidade; um efectua o aquecimento preliminar da borracha; esta, quando aquecida, passa para o segundo misturador (manualmente ou por meio de um sistema transportador) que completa a homogeneização da temperatura, e deste segundo misturador aberto é alimentado à calandra, em fita ou em rolo, em geral com o apoio de um sistema transportador. Um misturador aberto com ∅ 550×1500 mm tem uma capacidade de aquecimento de compostos de borracha à base de borracha natural de cerca 1750 a 2000 kg/hora; um misturador com ∅ 710×2100 mm tem uma capacidade de aquecimento de compostos de borracha à base de borracha natural de cerca 2400 a 2600 kg/hora.

Em instalações de elevada produtividade e qualidade, a utilização de três misturadores abertos é geralmente necessária. O primeiro misturador efectua o aquecimento do composto de borracha (aquecedor); o segundo procede à homogeneização da sua temperatura (homogeneizador) e o terceiro funciona como alimentador.

Quando as calandras são alimentadas por fitas (ou tiras), as suas dimensões − largura e espessura – em conjunto com a velocidade de alimentação, têm de estar bem ajustadas às necessidades da calandra, para que não falte nem dê origem à formação de um banco de volume exagerado. Uniformidade de temperatura e da quantidade de material alimentado são condições imprescindíveis para a obtenção de um material calandrado com elevado rigor dimensional.

Por outro lado, a execução de um trabalho de calandragem sem interrupções pressupõe que exista um bom sincronismo de capacidades de todos os equipamentos que fazem parte da linha de calandragem.