Controlo em Operações de Calandragem

 

Existem actualmente diversos equipamentos para o controlo dos produtos de borracha calandrados. As tecnologias aplicadas são tão diversas como eficientes, que se torna por vezes difícil estabelecer opções. Associados a estes equipamentos, o uso de microprocessadores veio possibilitar um controlo de toda a operação, em tempo real. As variações ocorridas no processo são analisadas em função dos desvios padrão s e são geralmente expressas em termos de 2s ou 3s. As variações que ocorrem num processo de calandragem podem ser classificadas em quatro tipos:

  • Variações no material calandrado na direcção de calandragem;
  • Variações no material calandrado na direcção perpendicular à direcção de calandragem;
  • Variações controláveis nas condições operacionais como sejam: temperaturas, velocidades, flexão dos rolos, deseixamento, mudança do lote de composto de borracha, mudança do lote de material de suporte, volume do banco, condições de alimentação da calandra (dimensões das tiras de alimentação, por exemplo), condições envolventes, etc.;
  • Variações não controláveis ou dificilmente controláveis, como por exemplo, associadas ao estado de conservação da calandra. Se as chumaceiras ou os rolamentos apresentarem folgas, é muito difícil obter um bom rigor dimensional. Tampouco poderão funcionar com eficácia os sistemas de flexão de rolos e o deseixamento. Outras variáveis são a resposta da calandra em termos de controlo das temperaturas, aspectos qualitativos relacionados com os materiais de suporte (terá de ser assegurada, previamente, a sua qualidade), etc.

As variáveis a controlar num processo de calandragem são as seguintes:

  • Potência consumida;
  • Intensidade de corrente;
  • Temperaturas dos rolos;
  • Temperatura da borracha no banco;
  • Velocidade dos rolos;
  • Medição do grau de humidade (aplicável no caso de suportes têxteis);
  • Medidores de espessuras (medições pontuais);
  • Medição da variação de espessura na direcção de calandragem;
  • Medição do perfil de espessuras (em toda a largura do material);
  • Peso do material calandrado (g/m2);
  • Largura do material calandrado;
  • Alinhamento dos cords (aplicável a cords metálicos);
  • Comprimento do material calandrado;
  • Comprimento do material calandrado sobre suportes (à entrada);
  • Comprimento do material calandrado sobre suportes (à saída);
  • Velocidade de calandragem (m/minuto).

Os tipos de aparelhos disponíveis no mercado incluem:

  • Medidor da potência consumida (wattímetro);
  • Medidor da intensidade de corrente (amperímetro);
  • Medições de temperatura (termopares);
  • Medição da velocidade dos rolos rpm (tacómetros);
  • Medição do grau de humidade;
  • Sensores baseados em correntes de Eddy ou sensores indutivos (medições de espessuras);
  • Micrómetros de aba larga (medição manual da espessura);
  • Sensores baseados em raios laser (medições de espessuras);
  • Sensores baseados em Radiação ß (medições de peso/m2);
  • Sensores baseados em Radiação γ (medições de peso/m2);
  • Sensores baseados em Raios X (medições de peso/m2);
  • Iluminação LED (Light Emitting Diodes) (medições do espaçamento e/ou desalinhamento dos cords metálicos);
  • Câmaras CCD (Charged Coupled Device) (medições da largura do calandrado);
  • Medição da velocidade de calandragem (m/minuto);
  • Conta metros.

A utilização de muitos dos equipamentos de controlo atrás mencionados pressupõe a utilização de microprocessadores para tratamento da informação recebida e a tomada de medidas correctivas, quando necessário. Na Figura 21 mostra-se um esquema de controlo de alguns parâmetros de uma linha de calandragem.

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Figura 21 − Esquema de controlo de alguns parâmetros de uma linha de calandragem

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